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Renault Twingo E-Tech Electric Intens: potência média, tamanho mini

Motor elétrico de 60 kW, autonomia máxima de 190 km (ciclo WLTP completo), 3,61 m de comprimento, 8,60 m de diâmetro de viragem. O Renault Twingo E-Tech Electric Intens fez um check-up.

Desde o seu lançamento, em 1992, e após três gerações e cerca de quatro milhões de unidades vendidas em 25 países depois, o Twingo ultrapassou uma nova etapa na sua história com a introdução de uma versão 100% elétrica.

“O Twingo E-Tech Electric apresenta-se como a resposta da Renault à evolução da procura no segmento dos pequenos citadinos, em que os condutores dão preferência a veículos práticos, económicos e ‘amigos do ambiente’. A tecnologia elétrica impõe-se neste contexto urbano como a solução ideal para os múltiplos trajetos do dia a dia”, explica a marca francesa.

A versão sem emissões do Twingo capitaliza, segundo a Renault, o estatuto icónico e a popularidade do nome Twingo, tendo sido o sétimo veículo 100% elétrico desenvolvido pela marca francesa.

Este citadino sem emissões recorre a uma plataforma especificamente concebida para veículos elétricos, beneficiando, assim, de toda a competência técnica adquirida pelo Grupo Renault na última década em torno da mobilidade elétrica.

A cadeia de tração do Twingo E-Tech Electric (motor, redutor, carregador), proveniente do ZOE, é fabricada em Cléon (Normandia, França), nas instalações que produzem os outros motores elétricos Renault. O automóvel é, depois, montado na fábrica de Novo Mesto (Eslovénia), de onde provêm todas as versões do Twingo.

Irreverência compacta

Atrevido e elegante. Em formato compacto. Ainda que seduza mais o público feminino do que o masculino. Com 3,61 metros de comprimento, 1,64 metros de largura e 1,55 metros de altura, a versão “ambientalmente mais responsável” do Twingo não esconde a sua vocação. A cultura irreverente e cativante que sempre caracterizou o Twingo mantém-se nesta variante 100% elétrica.

Check-up Media Renault Twingo E-Tech Electric interior

O para-choques esculpido, no qual se destacam as entradas de ar, e os blocos óticos com a assinatura de LED em forma de “C”, conferem-lhe uma expressão dianteira dinâmica e irreverente. A combinação dos tons da carroçaria com packs de cores, strippings e jantes, oferece uma infinidade de possibilidades de personalização.

Como é habitual nas versões elétricas da Renault, também o Twingo E-Tech Electric dispõe de elementos de design distintivos que o demarcam das variantes equipadas com motor de combustão, como é o caso do stripping lateral azul a partir do nível de acabamento Intens, que percorre todo o comprimento do veículo, valorizando, elegantemente, as suas formas e a linha de perfil. Mas o condutor pode optar por substituí-lo por outra variante.

A tomada de carga das baterias ocupa o lugar habitualmente destinado à tampa do depósito de combustível nas versões “convencionais”. As inscrições “ZE” e “Electric”, bem como os efeitos azuis na grelha dianteira, completam as diferenças.

Razoavelmente bem construído, espaçoso q.d. atendendo ao segmento em que se insere e dotado de um posto de condução correto, o habitáculo também agrada pelo nível de equipamento. Sem mordomias, oferece tudo o que faz falta para proporcionar uma agradável estadia a bordo.

Check-up Media Renault Twingo E-Tech Electric technic

A partir da especificação Zen, é possível selecionar o ambiente interior entre vários packs de personalização, que irão determinar a cor do friso do painel de bordo, dos contornos das saídas de ar, da base da alavanca de velocidades e dos braços do volante, para além da cor dos estofos. A consola central inclui espaços de arrumação com boa capacidade. A bagageira, por seu turno, é muito limitada.

No Twingo E-Tech Electric, o condutor acede ao conjunto de serviços conectados Renault Easy Connect, através do ecrã tátil Renault Easy Link de 7”, integrado na consola central, sendo, também, possível fazê-lo a partir do smartphone, por intermédio da aplicação móvel My Renault (compatível com Apple CarPlay e Android Auto).

O ambiente digital foi enriquecido com serviços específicos para este veículo elétrico, que facilitam a sua utilização, como a monitorização do estado da carga ou o planeamento do trajeto com localização de postos de carregamento.

Grande competência

Desde a sua conceção, que o objetivo da Renault para o Twingo E-Tech Electric foi tornar particularmente agradável a condução em ambiente urbano, que é, sem dúvida, o seu habitat. As dimensões compactas, a vivacidade do motor, a integração de novos modos de condução específicos e o diâmetro de viragem surpreendentemente reduzido, contribuem para a sua grande competência.

O motor do Twingo E-Tech Electric, instalado na traseira, oferece 60 kW (82 cv) de potência e 160 Nm de binário, disponível de imediato. A aceleração dos 0 aos 100 km/h faz-se em 12,9 segundos e a velocidade máxima fica-se pelos 135 km/h. Valores que traduzem uma preocupação ambiental em detrimento de uma postura mais aguerrida. As prestações chegam, sobram e sobejam para uma condução urbana super despachada, mas ficam, como seria de esperar, aquém quando se sai da cidade.

Equipado com uma bateria de 22 kWh, este citadino 100% elétrico oferece uma autonomia que vai até aos 270 km em ciclo WLTP City e chega aos 190 km no ciclo WLTP Completo. Tomando por base a média de 30 km percorridos, diariamente, pelos condutores de pequenos citadinos na Europa, esta autonomia permite realizar uma semana de trajetos quotidianos sem ser preciso ligá-lo à tomada. Mais um trunfo, portanto.

O modo “Eco”, ativado através de um botão situado na consola central, “autoriza” uma autonomia de cerca de 225 km em trajetos mistos, graças a uma limitação da aceleração e da velocidade máxima, que é, aliás, bem notória. Em nada prejudica o razoável nível de conforto e o desempenho equilibrado do conjunto, mas dá-lhe uma “rédea bem mais curta”.

E, agora, o que mais importa num veículo elétrico (para além da autonomia, claro): cabos de carregamento e tempos de recarga. Com o carregador inteligente Caméléon, com patente registada pela Renault, o Twingo E-Tech Electric pode ser carregado em casa, no trabalho ou nas infraestruturas em corrente alternada (AC) até 22 kW.

Significa isto que esta tecnologia permite-lhe adaptar-se à potência disponível em cada posto de carregamento e explorar o máximo de energia destas infraestruturas num mínimo de tempo. De acordo com a Renault, o Twingo E-Tech Electric carrega até quatro vezes mais depressa do que os concorrentes.

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Uma simples paragem de meia hora ligado num posto de 22 kW, diz a marca francesa, é suficiente para “angariar” 80 km de autonomia em trajetos mistos (aquando do processo de homologação WLTP). Já numa tomada doméstica 2,3 kW (monofásico 10A), demora 15 horas até chegar aos 100% caso a bateria esteja totalmente em baixo.

A carga acelerada a 22 kW pode ser repetida múltiplas vezes, graças à refrigeração a água da bateria, que a mantém à temperatura de funcionamento ideal, mesmo quando está a carregar. Utilizando uma tomada Green’up/Wallbox 3,7 kW (monofásico 16A), o tempo de recarga é de oito horas, baixando para quatro horas com uma Wallbox 7,4 kW (monofásico 32A), para três horas e 15 minutos num posto de 11 kW (trifásico 16A) e para uma hora e 30 minutos num posto de 22 kW (trifásico 32A).

No que toca à máxima segurança dos peões, o Twingo E-Tech Electric adota o dispositivo de aviso do ZOE. O condutor pode selecionar entre três sonoridades, com uma intensidade que varia em função da velocidade, e que se desativam quando o veículo ultrapassa os 30 km/h.

Por último, o preço. No nível Intens, o Twingo E-Tech Electric custa €23.745, ou seja, mais €900 do que o nível de entrada: Zen. Se vale o preço pedido pela Renault? Mesmo não sendo o modelo 100% elétrico mais barato do mercado, vale. Até porque contribui para uma mobilidade mais sustentável, com todas as vantagens daí resultantes em termos de emissões e economia.

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