A Mirka acaba de dar conta da sua adesão ao European Remanufacturing Council (ERC), uma organização europeia que promove a remanufatura como alternativa sustentável à produção de novos produtos.
“A entrada da empresa neste organismo contou com o apoio do ecossistema SHAPE e da Business Finland, representando mais um passo estratégico no alinhamento da Mirka com os princípios da economia circular”, avança o comunicado.
Modelo circular
Criado há oito anos, o ERC reúne fabricantes de diferentes setores — desde componentes para automóveis a dispositivos médicos e consumíveis de impressão — com o objetivo de tornar a remanufatura uma parte racional, viável e economicamente sustentável do ciclo de vida dos produtos.
“A missão do Conselho passa por triplicar o valor do setor da remanufatura na Europa, alcançando os 100 mil milhões de euros até 2030, contribuindo, assim, para a transição de um modelo económico linear para um modelo mais circular e eficiente no uso de recursos”, diz.
Para a Mirka, esta integração assume “particular relevância” num contexto em que a sustentabilidade exige mais do que intenções: requer ação concreta. A empresa destaca o seu know-how em “processos de acabamento de superfícies como um fator-chave para viabilizar a remanufatura de forma rentável e sustentável, sobretudo em ambientes industriais que exigem elevada flexibilidade e escalabilidade”, sublinha.
Automação dos processos
Segundo Mats Bystedt, business development manager da Mirka, a “automação dos processos de acabamento é um dos grandes desafios ainda por resolver neste domínio, mas, também, uma oportunidade clara de evolução”.
E frisa: “A ambição da empresa passa por contribuir, ativamente, para soluções automatizadas de remanufatura, capazes de lidar com elevados níveis de variedade e volumes reduzidos, mantendo a eficiência e a qualidade”.
Dados do European Remanufacturing Network, projeto financiado pela União Europeia que esteve na origem do ERC, indicam ainda que “produtos remanufaturados podem ser entre 20 e 40% mais económicos do que produtos novos, graças à reutilização de materiais e à redução de custos de produção”. Além do “benefício económico, o impacto ambiental é, igualmente, significativo, com uma redução clara da pegada carbónica”, pode ler-se no mesmo documento.
Ao integrar o ERC, a Mirka passa a dispor de uma plataforma privilegiada de colaboração com outras empresas líderes, contribuindo para orientar a indústria europeia no sentido de práticas mais sustentáveis, competitivas e alinhadas com os desafios climáticos atuais.
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