A terceira geração do Nissan LEAF começou a sair da linha de produção da fábrica de Sunderland, no Reino Unido, materializando a visão EV36Zero da marca japonesa, que integra produção de veículos elétricos, baterias e energia renovável num único ecossistema industrial.
“Este marco resulta de um investimento global de 450 milhões de libras (cerca de 51 milhões de euros) nas operações da Nissan e na sua cadeia de fornecimento, assinalando o regresso à produção de um dos modelos mais emblemáticos da mobilidade elétrica moderna”, afirma a marca.
Novo capítulo
Massimiliano Messina, presidente da Nissan para a região AMIEO, sublinha o simbolismo deste momento ao afirmar que o novo LEAF “representa o início de um capítulo para a marca, combinando design aerodinâmico, tecnologia avançada e abordagem industrial pioneira”. Segundo o responsável, o modelo “traduz, na prática, a ambição da Nissan de liderar a eletrificação a partir de soluções integradas e sustentáveis”.
Para acolher a produção do seu elétrico mais avançado até à data, a Nissan transformou profundamente a fábrica de Sunderland, permitindo, pela primeira vez, o fabrico de veículos 100% elétricos na Linha de Produção Dois. Esta adaptação envolveu a introdução de tecnologias da “fábrica do futuro”, como big data, realidade virtual e mapeamento digital, bem como a instalação de novos equipamentos industriais de elevada precisão.
Rumo à eletrificação
“Entre as principais melhorias, contam-se dezenas de novas matrizes para a prensa, robots de última geração na oficina de carroçaria, incluindo soldadura a laser totalmente automatizada, novas cores de pintura exclusivas, instalação automatizada para montagem de baterias e centenas de veículos guiados automaticamente para abastecimento da linha”, revela.
Paralelamente, “foram realizadas mais de 360 mil horas de formação para capacitar uma equipa de cerca de 6.000 colaboradores”, sublinha a marca, no mesmo documento.
Adam Pennick, vice-presidente de produção da unidade de Sunderland, destaca o “orgulho da equipa em produzir um modelo que simboliza o futuro da Nissan”, sublinhando que “o investimento reflete a confiança da marca nas competências locais e no caminho rumo à eletrificação”.
Nova gigafábrica
A paisagem industrial em torno da fábrica foi igualmente reforçada com a nova gigafábrica da AESC, responsável pelo fornecimento de baterias de última geração para o novo LEAF. Estas soluções oferecem maior densidade energética, mais autonomia e melhor desempenho, consolidando uma cadeia de valor elétrica robusta no Reino Unido.
O novo Nissan LEAF produzido em Sunderland estreia-se com uma bateria de 75 kWh, autonomia máxima de 622 km (WLTP) e carregamento rápido DC de 150 kW, capaz de adicionar até 420 km em cerca de 30 minutos. No interior, destaca-se o cockpit totalmente digital com dois ecrãs de 14,3”, Google integrado e um vasto conjunto de tecnologias de assistência à condução e conectividade.
Produzido em Sunderland desde 2013, o Nissan LEAF ultrapassa já as 280 mil unidades fabricadas nesta unidade. Depois deste modelo, a fábrica britânica prepara-se para produzir, também, um novo Nissan Juke totalmente elétrico, reforçando o seu papel central na estratégia de eletrificação da marca a nível europeu.
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